Zion Williamson vive um momento inédito desde que chegou à NBA. Pela primeira vez na carreira, o astro do New Orleans Pelicans tem sido utilizado como reserva, decisão que surpreendeu, mas que vem trazendo resultados positivos para a equipe.
O ala-pivô voltou às quadras no dia 14 de dezembro, após mais de duas semanas afastado por conta de uma lesão no quadril. Com restrição de minutos, o técnico James Borrego optou por escalá-lo vindo do banco, medida nunca antes adotada ao longo da trajetória de Zion na liga.
Na reestreia, contra o Chicago Bulls, Williamson anotou 18 pontos em cerca de 27 minutos e ajudou o Pelicans a vencer por 114 a 104. Dias depois, a equipe voltou a triunfar diante do Houston Rockets, por 133 a 128, em partida marcada pelas atuações de Saddiq Bey e Trey Murphy III, que combinaram para 56 pontos como titulares.
A nova rotação voltou a dar resultado neste sábado (20). Contra o Indiana Pacers, o Pelicans venceu por 128 a 109, com Zion como principal nome do jogo: 29 pontos, sete rebotes e apenas 23 minutos em quadra. O triunfo marcou a terceira vitória consecutiva da equipe.
O contraste chama atenção. Antes da mudança, Williamson havia iniciado dez partidas como titular na temporada, com nove derrotas nesse período. A alteração no papel do jogador motivou análise do jornalista Sam Quinn, da CBS Sports, que defende a utilização controlada do ala como benéfica para o time.
Na avaliação de Quinn, insistir na ideia de que Zion pode ser o líder absoluto da franquia já não se sustenta. O jornalista lembra que o jogador convive com problemas físicos desde sua chegada à NBA, não oferece regularidade em quadra e recebe um salário anual na casa dos US$ 40 milhões.
Com vitórias recentes e Zion rendendo em minutos reduzidos, o Pelicans encontra uma nova fórmula, menos dependente de um protagonismo absoluto e mais alinhada com a realidade física de sua principal estrela.