Zak Brown vê entrada da Cadillac na F1 como positiva para negócios e engajamento dos fãs

A equipe norte-americana, que tem apoio da General Motors, já está estruturando sua operação na cidade de Silverstone, na Inglaterra, um polo estratégico do automobilismo europeu. A escolha da localização facilita o recrutamento de profissionais experientes que já atuam em outras escuderias. Segundo Brown, a movimentação é natural:
“Em termos de pessoal, eles vão acabar levando mais do que oferecendo, o que faz parte. Se alguém quer sair da minha equipe para ir para outra, o erro é meu”, afirmou, durante o fim de semana do GP da Hungria.

No aspecto comercial, o dirigente da McLaren acredita que a chegada da Cadillac será benéfica. “Eles devem trazer patrocinadores novos ao esporte, ao invés de disputar os que já estão aqui. Isso gera oportunidades para todos”, declarou.

A entrada da Cadillac também reforça a crescente presença dos Estados Unidos na Fórmula 1, que já conta com três corridas em solo americano e vem registrando um aumento expressivo de audiência no país. Para Brown, esse movimento pode elevar o nível de competição e o investimento no esporte. “A Cadillac vai colocar dinheiro no jogo, seus patrocinadores também. Os times recebem uma porcentagem disso. É um ganho coletivo para a F1.”

Após um processo de aprovação que se arrastou por 764 dias e enfrentou resistência inicial das equipes e da própria organização da Fórmula 1, a confirmação da entrada da Cadillac veio em março deste ano.

Além do apoio da GM, a nova escuderia conta com investimento da TWG Global, empresa liderada pelo bilionário Mark Walter, cuja fortuna é estimada em US$ 12,5 bilhões, segundo o Bloomberg Billionaires Index.

A equipe já anunciou que dois terços da meta de 600 funcionários planejados para o início da temporada de 2026 foram contratados, número que, inclusive, já ultrapassa o de algumas escuderias atualmente no grid.