A crescente rivalidade entre Lando Norris e Oscar Piastri tem chamado atenção na temporada da Fórmula 1, mas para o CEO da McLaren, Zak Brown, o clima competitivo dentro da equipe não é um problema, muito pelo contrário. Segundo o dirigente, a disputa interna tem sido positiva e até “divertida” de acompanhar.
Com uma campanha sólida em 2025, a McLaren lidera o Campeonato de Construtores com folga, somando 460 pontos, 238 a mais que a vice-líder Ferrari. O bom momento da equipe tem sido impulsionado pela consistência dos dois pilotos, que também figuram entre os primeiros colocados na tabela do Campeonato de Pilotos.
A rivalidade entre Norris e Piastri ficou mais evidente nas últimas etapas. No GP do Canadá, os dois chegaram a se tocar em um lance inédito na temporada. Já na Áustria, protagonizaram uma intensa batalha pela vitória, que, segundo Brown, trouxe ainda mais emoção à disputa.
“Achei a corrida na Áustria épica. Estávamos todos esperando por aquele confronto, e eles entregaram. Foram rápidos, agressivos, respeitaram o espaço um do outro e proporcionaram um grande espetáculo. Estou ansioso para ver mais disso”, afirmou o CEO da equipe britânica.
Para Brown, a convivência entre os dois é pautada pelo respeito mútuo, dentro e fora das pistas, algo que ele atribui também à cultura estabelecida internamente na McLaren.
“ Eles querem correr de forma justa. Buscam igualdade de equipamento, tratamento justo, e é isso que garantimos. Eles querem vencer os outros 19 carros, inclusive o companheiro de equipe, e isso é natural. É um prazer trabalhar com eles”, destacou.
O dirigente acredita que o bom ambiente entre os pilotos pode se manter até o fim da temporada, com ambos disputando posições sem ultrapassar os limites do profissionalismo.
“Eles se respeitam muito, e o comportamento que vemos em público é o mesmo nos bastidores. Isso é reflexo da química que criamos dentro da equipe. Não vejo por que isso não possa continuar até Abu Dhabi. O ideal seria vê-los lutando lado a lado até a última corrida e, ao final, apertando as mãos e dizendo: “Bom trabalho. Vamos de novo no ano que vem”, concluiu.