Max Verstappen preferiu evitar polêmicas após o toque com George Russell no GP da Espanha, realizado no último domingo (1º). O piloto da Red Bull foi penalizado com 10 segundos por conta da manobra no fim da corrida, mas não demonstrou arrependimento. Pelo contrário: respondeu com ironia às críticas do adversário da Mercedes, que classificou o lance como “vergonhoso”
“Vou trazer uns lenços da próxima vez , disparou Verstappen, em tom sarcástico, ao ser questionado sobre a reação de Russell. Ele tem a visão dele, eu tenho a minha. Prefiro focar na corrida, que estava indo bem até a entrada do safety car”. completou.
O tricampeão mundial explicou que, naquele momento da prova, enfrentava dificuldades com os pneus duros e pouca aderência. A estratégia da Red Bull incluía três paradas, o que o deixava sem compostos macios disponíveis para o fim da corrida. Mesmo assim, Verstappen acreditava estar em condições de pressionar as McLarens até a entrada do safety car, que acabou comprometendo suas chances.
“Com os pneus duros, não tínhamos tração. Até o safety car, o plano era bom, mesmo sem ritmo para bater a McLaren. Mas o safety car entrou na hora errada”, afirmou.
Apesar da punição, o piloto holandês também aproveitou para criticar a falta de consistência nas decisões dos comissários da FIA. Segundo ele, os limites do que é permitido ou não em disputas de posição ainda são muito confusos.
“O maior problema é a falta de padrão. Um piloto pode fazer uma coisa em uma corrida e ser punido, enquanto outro faz o mesmo em outra e nada acontece. Isso não é natural, e é frustrante. Hoje, acabou jogando contra mim”, apontou.
Por fim, Verstappen foi realista quanto à disputa pelo título da temporada 2025 e reconheceu a superioridade da McLaren.
“Nunca disse que estou na briga pelo campeonato. Tem sido um ano difícil. Quando eles (McLaren) acertam, são praticamente imbatíveis. Isso está bem claro nesta temporada”, concluiu.
A próxima etapa da Fórmula 1 será o GP do Canadá, marcado para o dia 15 de junho. Verstappen chega pressionado, com 11 pontos em sua superlicença, a um do limite que implica suspensão automática de uma corrida.