O atual campeão mundial de Fórmula 1, Max Verstappen, não poupou críticas à tentativa da FIA de tornar o GP de Mônaco mais emocionante. No último domingo (25), o holandês ironizou a obrigatoriedade de duas paradas e o uso de três compostos diferentes de pneus, regra criada para movimentar uma corrida conhecida por sua previsibilidade e escassez de ultrapassagens.
“Foi muito emocionante. Estava na ponta do assento a cada volta”, disparou com sarcasmo após terminar em quarto, mesma posição em que largou. “Talvez no próximo ano façam quatro paradas. Eu poderia ter feito isso hoje e ainda terminaria em P4.”
À Sky Sports, Verstappen foi ainda mais ácido: “Hoje em dia, você mal consegue ultrapassar um carro de F2 aqui. Com essas regras, parecia Mario Kart. Faltou só jogarem cascas de banana na pista.”
A crítica foi endossada por outros pilotos. O vencedor da prova, Lando Norris, disse ter “detestado” a regra. “Mônaco sempre foi difícil para ultrapassar. F1 não deve virar um show artificial. É um esporte”, argumentou o britânico da McLaren.
George Russell, da Mercedes, também foi direto: “As duas paradas claramente não funcionaram.” Carlos Sainz, da Williams, que terminou em décimo após estratégia conservadora ao lado do companheiro Alex Albon, avaliou: “Tentaram algo novo, mas não funcionou.”
Apesar das falhas, houve quem defendesse a iniciativa. “Mesmo que a corrida seja processional, Mônaco é um lugar especial”, afirmou Toto Wolff, chefe da Mercedes, destacando o charme e a tradição do circuito.
No fim, a tentativa de dar mais emoção à prova não impediu que os quatro primeiros colocados cruzassem a linha de chegada exatamente nas posições em que largaram. E o debate sobre como , ou se, transformar o GP de Mônaco continua.