José Mourinho voltou ao centro das atenções na Turquia, desta vez como alvo de um escândalo envolvendo a Federação Turca de Futebol (TFF). Mensagens vazadas de um grupo interno de WhatsApp revelaram hostilidade de membros da Comissão Disciplinar da entidade contra o técnico português e o Fenerbahçe, clube que comanda desde a última temporada.
Nas conversas, diretores da TFF demonstravam preferência pelo rival Galatasaray e sugeriam retaliações a Mourinho. Uma das mensagens dizia: “Vamos fazê-lo pagar por isso na próxima temporada. Já aguentamos o suficiente”. Outra ironizava com a frase: “O velocímetro ficou preso nos 1905”, ano de fundação do Galatasaray.
A revelação gerou forte repercussão. O Fenerbahçe emitiu uma nota oficial cobrando investigação e denunciando a falta de imparcialidade. “Essa mentalidade hostil, baseada em vingança, não tem lugar no esporte turco”, afirmou o clube.
Após o escândalo, o presidente e todos os membros da Comissão Disciplinar da TFF renunciaram.
Mourinho, que já havia criticado duramente a arbitragem e a estrutura do futebol turco, comentou em novembro: “Se tivessem me contado toda a verdade, eu não teria vindo para o Fenerbahçe. Mas, mesmo assim, vamos lutar contra o sistema”.