Vasco atrai novo investidor e pode avançar na venda da SAF após saída da 777

De perfil reservado, Marcos Lamacchia faz poucas aparições públicas. Ele é fruto do casamento de José Lamacchia com uma das herdeiras de Aloysio de Andrade Faria, fundador do Banco Real e do Banco Alfa, que faleceu em 2020. Desde a saída da 777 do comando da SAF, o empresário acompanha de perto os desdobramentos judiciais envolvendo o clube.

Em sua trajetória profissional, Marcos fundou, em 2011, a Blue Star, uma gestora financeira independente voltada para fundos de investimento. Antes disso, acumulou experiência dentro da própria Crefisa, onde ocupou cargos de diretoria por vários anos, além de ter atuado no Banco Alfa, instituição criada por seu avô.

Atualmente, a estrutura acionária da SAF do Vasco segue indefinida. O clube associativo detém 30% das ações, enquanto 31% permanecem com a 777 Partners, referentes aos aportes realizados desde 2022. Os 39% restantes estão sob disputa em processo de arbitragem, o que mantém o cenário societário em aberto até a conclusão do litígio.

Paralelamente às discussões sobre a SAF, o Vasco passa por um processo de reorganização financeira. Em recuperação judicial, o clube já estruturou o pagamento das dívidas no longo prazo e busca aumentar suas receitas.

Um dos passos recentes foi a assinatura de contrato com a Nike como nova fornecedora de material esportivo, em acordo que garantirá ganhos significativamente superiores aos obtidos com a Kappa. Além disso, a não renovação com a Betfair como patrocinadora master abre espaço para a chegada de uma nova casa de apostas, com valores mais elevados, o que pode fortalecer o caixa e tornar o projeto da SAF ainda mais atrativo para investidores.