A UEFA anunciou, no último domingo (4), uma punição ao Real Madrid após incidentes de racismo registrados durante a partida contra o Arsenal, no Emirates Stadium, pelas quartas de final da Liga dos Campeões. Segundo a entidade, um grupo de torcedores merengues entoou cânticos racistas durante o jogo, o que resultou em sanção financeira e advertência disciplinar ao clube espanhol.
Identificados pelas autoridades, os responsáveis pelos cânticos foram notificados e, em caso de reincidência, poderão ser proibidos de acessar o estádio Santiago Bernabéu por um período determinado. O Real Madrid, por sua vez, foi multado em 15 mil euros (cerca de R$ 96 mil na cotação atual) e corre o risco de atuar sem torcida em uma futura partida europeia, caso episódios semelhantes voltem a ocorrer.
A situação não foi um caso isolado. Em fases anteriores da competição, o clube já havia sido advertido por insultos xenófobos direcionados ao técnico Pep Guardiola, durante confronto com o Manchester City. O catalão, natural de uma região com histórico separatista, foi alvo de provocações da torcida madrilenha.
A UEFA também ampliou suas investigações após o clássico contra o Atlético de Madrid, realizado no Estádio Metropolitano. Jogadores como Dani Ceballos, Antonio Rüdiger e até Kylian Mbappé, que já tem vínculo encaminhado com o clube, foram multados por comemorações consideradas provocativas. Vinícius Júnior chegou a ser incluído na apuração, mas acabou absolvido após análise das imagens.
Apesar dos insultos registrados em Londres, o Real Madrid teve atuação apagada e acabou goleado pelo Arsenal por 3 a 0, com gols de Declan Rice (duas vezes) e Mikel Merino. No jogo da volta, no Bernabéu, o time inglês voltou a vencer, desta vez por 2 a 1, eliminando os espanhóis e avançando às semifinais da Champions League.