A contratação de Joan García pelo Barcelona ainda nem foi oficializada, mas já provoca revolta entre os torcedores do Espanyol. O goleiro de 24 anos, revelado e formado nas categorias de base do rival catalão, é o novo reforço do Barça para a temporada 2025/2026, conforme antecipado pelo jornal Marca. Para viabilizar a negociação, o clube blaugrana desembolsará os 25 milhões de euros (aproximadamente R$ 160 milhões) referentes à multa rescisória.
A reação negativa veio rapidamente. Em Sallent, cidade natal do jogador, pichações ofensivas surgiram em muros e placas de trânsito. Em algumas delas, Joan é chamado de “rato mercenário” e acusado de traição por trocar o Espanyol justamente pelo maior adversário local. O clima hostil expõe a sensibilidade da rivalidade entre os clubes de Barcelona.
García foi titular absoluto do Espanyol na última temporada de LaLiga e soma 82 partidas como profissional, todas vestindo a camisa do clube que o revelou. Apesar da polêmica, o goleiro agora se prepara para um novo desafio sob o comando do Barcelona, que vê nele uma peça importante na reformulação do elenco.
A transferência, no entanto, ocorre em meio a mais um momento de tensão financeira para o Barça. Mesmo com o risco de punições por violar o Fair Play financeiro, como ocorreu na temporada passada, o clube assegurou garantias aos representantes de García e tenta equilibrar as finanças com a venda de atletas. Estão na lista de saídas nomes como Lenglet, Ansu Fati, Pablo Torre e o atual reserva da meta, Iñaki Peña.
A chegada de Joan García representa mais do que uma simples contratação: é um movimento ousado que acirra a rivalidade na Catalunha e reforça os desafios administrativos e esportivos do Barcelona para a próxima temporada.