Timberwolves anunciam aposentadoria da camisa 21 e selam reconciliação com Kevin Garnett

A decisão ocorre após a mudança no comando da franquia. Garnett mantinha uma relação desgastada com o antigo proprietário, Glen Taylor, o que impedia a homenagem. Com a venda do Timberwolves e a chegada de Alex Rodriguez e Marc Lore ao controle da equipe, o vínculo com o ex-jogador foi retomado.

Além do reconhecimento simbólico, Garnett também assumirá um cargo institucional no Timberwolves e no Minnesota Lynx, da WNBA. Segundo Charania, o ídolo atuará em áreas ligadas a negócios, ações comunitárias e desenvolvimento de conteúdo.

A homenagem era aguardada há anos pela torcida. Selecionado como a quinta escolha do Draft de 1995, Garnett chegou a uma franquia jovem e pouco competitiva. Sob sua liderança, o Timberwolves alcançou os playoffs pela primeira vez em 1997 e se manteve presente na pós-temporada por sete anos consecutivos.

O auge veio em 2004, quando Garnett foi eleito MVP da NBA e conduziu Minnesota às finais da Conferência Oeste, registrando a melhor campanha da história do clube, com 58 vitórias. Apesar da eliminação para o Los Angeles Lakers, aquela temporada consolidou o Timberwolves no cenário da liga.

Após três anos fora dos playoffs, Garnett pediu para ser negociado em 2007 e seguiu para o Boston Celtics, onde conquistou o título da NBA em 2008. Mesmo assim, seu legado em Minnesota permanece inigualável. Em 970 jogos pelo Timberwolves, teve médias de 19,8 pontos, 11 rebotes e 4,3 assistências, além de liderar a franquia em praticamente todas as estatísticas históricas.

Na carreira, Garnett foi 15 vezes All-Star, eleito nove vezes para times ideais da liga, 12 vezes para quintetos defensivos e venceu o prêmio de Defensor do Ano em 2008. Campeão olímpico com os Estados Unidos em 2000 e integrante do Hall da Fama desde 2020, ele é amplamente reconhecido como um dos maiores defensores e um dos 75 melhores jogadores da história da NBA.