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Tim Mayer acusa atual gestão da FIA de centralizar poder e clama por reforma democrática

23:07, 21 julho 2025
Aline Feitosa
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Candidato à presidência da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Tim Mayer voltou a criticar duramente a administração de Mohammed Ben Sulayem. Em entrevista ao podcast The Parc Fermé, Mayer afirmou que a atual gestão está promovendo uma “consolidação de poder sem precedentes” e defendeu uma reforma estrutural para resgatar os princípios democráticos da entidade.

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Filho de Teddy Mayer, cofundador da McLaren, Tim tem longa trajetória no automobilismo internacional. Com passagens por categorias como Champ Car, IMSA SportsCar e American Le Mans Series, o americano também atuou como comissário da FIA por 15 anos, inclusive como comissário-chefe na Fórmula 1. Sua candidatura à presidência foi oficializada no início de julho.

Para Mayer, o problema central da atual gestão está na progressiva concentração de poder nas mãos do presidente, contrariando os ideais de representatividade que a própria campanha de Ben Sulayem defendia. “O foco da atual administração não está na entrega de resultados, e sim na centralização do poder de forma jamais vista”, disparou. “Representantes eleitos pelos clubes já não conseguem sequer dialogar com os membros que deveriam representar. É uma erosão completa dos padrões de governança.”

Mayer denunciou também sucessivas alterações no estatuto da FIA, que, segundo ele, minaram o caráter democrático da instituição. “Cada mudança pode parecer pequena, mas somadas, nos trouxeram a um ponto crítico. Perdemos a pluralidade e a transparência”, argumentou.

Outro alvo das críticas do candidato foi a deterioração do relacionamento da FIA com figuras-chave do ecossistema esportivo, como pilotos, equipes e promotores. “A forma como esses profissionais têm sido tratados está longe daquilo que se espera de um órgão regulador global. São pessoas que dedicaram suas vidas ao automobilismo e merecem respeito, não autoritarismo”, afirmou.

A corrida presidencial da FIA deve esquentar nos próximos meses, especialmente diante do crescente debate interno sobre a necessidade de reformas e maior participação democrática dentro da entidade.

Enquanto isso, os holofotes da Fórmula 1 voltam a se acender entre os dias 25 e 27 de julho, com a realização do tradicional GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps.

Publicado em: Notícias,
Rostos: Tim Mayer
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