Tim Mayer acusa atual gestão da FIA de centralizar poder e clama por reforma democrática

Aline Feitosa
Candidato à presidência da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Tim Mayer voltou a criticar duramente a administração de Mohammed Ben Sulayem. Em entrevista ao podcast The Parc Fermé, Mayer afirmou que a atual gestão está promovendo uma “consolidação de poder sem precedentes” e defendeu uma reforma estrutural para resgatar os princípios democráticos da entidade.

Filho de Teddy Mayer, cofundador da McLaren, Tim tem longa trajetória no automobilismo internacional. Com passagens por categorias como Champ Car, IMSA SportsCar e American Le Mans Series, o americano também atuou como comissário da FIA por 15 anos, inclusive como comissário-chefe na Fórmula 1. Sua candidatura à presidência foi oficializada no início de julho.

Para Mayer, o problema central da atual gestão está na progressiva concentração de poder nas mãos do presidente, contrariando os ideais de representatividade que a própria campanha de Ben Sulayem defendia. “O foco da atual administração não está na entrega de resultados, e sim na centralização do poder de forma jamais vista”, disparou. “Representantes eleitos pelos clubes já não conseguem sequer dialogar com os membros que deveriam representar. É uma erosão completa dos padrões de governança.”

Mayer denunciou também sucessivas alterações no estatuto da FIA, que, segundo ele, minaram o caráter democrático da instituição. “Cada mudança pode parecer pequena, mas somadas, nos trouxeram a um ponto crítico. Perdemos a pluralidade e a transparência”, argumentou.

Outro alvo das críticas do candidato foi a deterioração do relacionamento da FIA com figuras-chave do ecossistema esportivo, como pilotos, equipes e promotores. “A forma como esses profissionais têm sido tratados está longe daquilo que se espera de um órgão regulador global. São pessoas que dedicaram suas vidas ao automobilismo e merecem respeito, não autoritarismo”, afirmou.

A corrida presidencial da FIA deve esquentar nos próximos meses, especialmente diante do crescente debate interno sobre a necessidade de reformas e maior participação democrática dentro da entidade.

Enquanto isso, os holofotes da Fórmula 1 voltam a se acender entre os dias 25 e 27 de julho, com a realização do tradicional GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps.

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