O Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) rejeitou, nesta segunda-feira (11), o recurso apresentado pelo Crystal Palace contra a decisão da Uefa que rebaixou o clube da Europa League para a Conference League. A medida, tomada no mês passado, foi motivada pelo entendimento de que o grupo Eagle Football, então controlador do Lyon, também tinha influência significativa no Palace por meio de seu presidente, John Textor, configurando conflito de interesses.
Com a decisão, o Nottingham Forest, sétimo colocado da última Premier League, herdará a vaga na Europa League.
Em comunicado, o TAS explicou:
“Após analisar as evidências, o painel concluiu que John Textor, fundador da Eagle Football Holdings, possuía ações no Crystal Palace e no Lyon, além de exercer influência decisiva sobre ambos os clubes na data avaliada pela Uefa.”
O tribunal também descartou o argumento do Palace de que teria recebido tratamento desigual em relação ao Lyon e ao Nottingham Forest.
O clube londrino, classificado para a Europa League como campeão da Copa da Inglaterra, apresentou o recurso no mês passado, pouco antes de Robert Wood “Woody” Johnson, coproprietário do New York Jets, concluir a compra da participação da Eagle Football Holdings no Palace.
Nesse período, Textor deixou o cargo de diretor do Lyon, e Michele Kang assumiu a presidência do conselho e do clube francês. Como o Lyon e o Palace haviam se classificado para a Europa League, a Uefa decidiu manter os franceses no torneio, considerando sua posição superior na Ligue 1 (sexto lugar) em comparação ao 12º posto dos ingleses na Premier League.
O Palace, que conquistou a Supercopa da Inglaterra neste domingo (10) ao derrotar o Liverpool nos pênaltis, terá agora de disputar a fase de playoffs da Conference League no fim deste mês.