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Swiatek critica calendário “insustentável” do tênis e reacende debate sobre saúde dos atletas

13:10, 1 outubro 2025
Aline Feitosa
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A polonesa Iga Swiatek, atual número 2 do ranking mundial, voltou a direcionar críticas ao calendário do tênis profissional. Para a seis vezes campeã de Grand Slam, a temporada é “longa demais e intensa demais”, o que compromete a saúde física e mental dos atletas. Ela admitiu que poderá reduzir sua agenda futuramente, mesmo que isso signifique abrir mão de torneios obrigatórios.

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O circuito soma 11 meses de competições, alvo recorrente de reclamações. A discussão ganhou força nesta “gira asiática”, depois que cinco jogos do China Open, na última segunda-feira (29), foram interrompidos ou encerrados por lesões. Entre os afetados estavam Lois Boisson, Zheng Qinwen, Lorenzo Musetti e Jakub Mensik. Já a colombiana Camila Osorio abandonou o duelo contra Swiatek após o primeiro set.

“Parece que os jogadores estão mais fatigados. A gira asiática é a parte mais difícil, porque a temporada está chegando ao fim, mas ainda precisamos forçar”, declarou a polonesa. Pelas regras da WTA, jogadoras de elite são obrigadas a disputar os quatro Grand Slams, dez torneios WTA 1000 e seis WTA 500. Quem não cumpre está sujeito a multas e perda de pontos no ranking.

Embora tenha confirmado presença em todos os eventos mandatórios em 2025, Swiatek avaliou que o modelo atual é inviável: “Não acho que alguma jogadora do topo consiga realmente cumprir tudo. É impossível encaixar no calendário”.

Em resposta à Reuters, a WTA afirmou que a saúde das atletas é prioridade e citou ajustes feitos em 2024 para oferecer mais previsibilidade às principais jogadoras e ampliar espaço para nomes emergentes. A entidade também anunciou a meta de elevar em US$ 400 milhões (R$ 2,1 bilhões) a premiação distribuída ao longo da próxima década.

Ainda assim, o debate continua. Em março, a Associação de Jogadores Profissionais de Tênis (PTPA) processou as entidades que regulam o esporte, acusando-as de práticas anticompetitivas e de negligenciar a saúde dos atletas. A WTA classificou a ação como “infundada” e reforçou seu compromisso com o crescimento do tênis feminino.

Publicado em: Notícias,
Rostos: Iga Swiatek
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