Svitolina denuncia ameaças de morte após eliminação em Montreal: “Sou mãe antes de ser atleta”

Aline Feitosa
A ucraniana Elina Svitolina, ex-número 3 do mundo e atual 10ª cabeça de chave do WTA 1000 de Montreal, revelou ter sido alvo de uma série de ameaças e ataques virtuais após sua eliminação do torneio, na última sexta-feira (2). A tenista de 30 anos foi derrotada pela japonesa Naomi Osaka por duplo 6/2 nas quartas de final e usou as redes sociais para denunciar os abusos, muitos deles com conteúdo misógino, xenofóbico e até ameaças de morte.

Em um desabafo publicado no Instagram, Svitolina compartilhou prints das mensagens ofensivas e apontou os apostadores como os principais responsáveis pelas agressões. “Para todos os apostadores: sou mãe antes de ser atleta”, escreveu a tenista, que teve sua primeira filha com o também tenista Gael Monfils em 2022. “A forma como vocês falam com mulheres, com mães, é VERGONHOSA. Se suas mães vissem essas mensagens, ficariam enojadas.”

Além dos xingamentos direcionados à sua atuação em quadra, algumas mensagens faziam referência direta à guerra na Ucrânia, tornando os ataques ainda mais graves.

A hostilidade de apostadores tem se tornado uma preocupação crescente no circuito profissional. Um estudo recente conduzido por entidades ligadas ao tênis revelou que quase metade dos abusos sofridos por tenistas nas redes sociais tem origem em apostas frustradas.

Casos como o de Svitolina não são isolados. Em 2023, a francesa Caroline Garcia também denunciou o comportamento tóxico de apostadores após ser eliminada do US Open. “As apostas doentias estão entre as principais razões pelas quais somos atacadas”, declarou na ocasião, criticando a inércia das plataformas digitais diante das denúncias.

“Depois de uma derrota dura, estamos emocionalmente destruídas. Preocupa pensar no que isso pode causar às jogadoras mais jovens”, completou Garcia, destacando o impacto psicológico desse tipo de violência.

Até o momento, a WTA não se pronunciou oficialmente sobre o caso envolvendo Svitolina. A entidade tem adotado medidas como o bloqueio de contas abusivas e campanhas de conscientização, mas especialistas e atletas cobram ações mais efetivas, especialmente no combate a abusos ligados às apostas esportivas.

Gael Monfils, marido de Svitolina, já havia ironizado a situação em junho, quando foi alvo de críticas após uma derrota em Stuttgart. “Não sei por que ainda apostam em mim contra jovens de 20 anos”, brincou o francês de 38 anos, em resposta ao ódio recebido.

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