A ausência de Lance Stroll no GP da Espanha no último domingo (1) continua gerando controvérsias nos bastidores da Fórmula 1. Oficialmente, a Aston Martin alegou que o canadense foi impedido de correr devido à necessidade de uma intervenção cirúrgica na mão, resultado de um problema médico monitorado há semanas. No entanto, novas informações levantam dúvidas sobre essa versão e apontam para uma possível explosão emocional do piloto após sua eliminação ainda no Q2 da classificação no sábado.
De acordo com relatos vindos diretamente do paddock de Barcelona, Stroll teria protagonizado um ataque de fúria após o mau desempenho. O narrador britânico David Croft, da Sky Sports, confirmou que ouviu relatos semelhantes ao publicado pela BBC, acrescentando detalhes do episódio.
“Escutei que um capacete foi arremessado com tanta força que talvez tenha danificado a parede. Houve muita gritaria e xingamentos”, revelou Croft durante a cobertura do fim de semana.
Além disso, o comentarista questionou a versão da equipe sobre a suposta lesão que afastou o piloto da corrida. Segundo ele, se o problema já era conhecido e vinha sendo monitorado, a Aston Martin poderia ter evitado colocar Stroll na classificação e optado por acionar o reserva Felipe Drugovich antes.
“Se o problema era sério a ponto de impedir que ele corresse no domingo, por que arriscar colocá-lo no carro no sábado? Drugovich poderia ter assumido antes da tomada de tempo”, avaliou.
Croft também destacou o desempenho de Stroll no Q1, quando o canadense avançou com o sétimo melhor tempo, reforçando que ele demonstrou estar fisicamente apto, ao menos naquele momento.
“É sabido que Lance já teve episódios de frustração antes, como esmurrar divisórias, mas nunca nada que resultasse em lesão. Se o episódio foi realmente tão grave quanto dizem, Mike Krack (chefe da Aston Martin) dificilmente toleraria esse tipo de comportamento nos boxes”, completou o narrador.
O clima de tensão na equipe britânica deve continuar até a próxima etapa do campeonato, que acontece entre os dias 13 e 15 de junho, no GP do Canadá, justamente a corrida “em casa” de Stroll. A expectativa é de que o piloto esteja recuperado e pronto para competir, enquanto a equipe tenta manter o foco diante da pressão crescente.