O empate em 2 a 2 entre Sport e Fluminense, nesta quarta-feira (1º), na Ilha do Retiro, pode ter desdobramentos fora das quatro linhas. O clube pernambucano avalia, junto ao seu departamento jurídico, a possibilidade de solicitar a anulação da partida válida pela 26ª rodada do Brasileirão, alegando que houve “erro de direito” da arbitragem comandada por Raphael Claus.
Durante o confronto, o árbitro de vídeo interferiu em dois lances decisivos. O primeiro resultou na anulação de um gol do Fluminense. Já no segundo tempo, a revisão do VAR levou Claus a marcar um pênalti para o time carioca, lance que gerou grande insatisfação entre os rubro-negros.
O vice-presidente do Sport, Raphael Campos, apontou incoerência na condução do árbitro. Segundo ele, Claus confirmou ao VAR que havia marcado falta de Ignacio sobre Pablo no início da jogada, mas, mesmo assim, foi orientado a rever o lance:
“ Claus não tinha marcado a falta em Pablo. Mas no áudio com o VAR, ele confirma que marcou. Nesse caso, o VAR não poderia intervir. Além de não ter sido pênalti, eles cometeram um erro de direito. Estamos estudando com o jurídico como embasar isso”, declarou Campos.
Outro motivo de contestação foi o cartão amarelo aplicado a Ignacio, do Fluminense, no lance que culminou no gol anulado. Para os rubro-negros, a infração deveria ter resultado na expulsão do jogador tricolor.
O artigo 259 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) prevê a possibilidade de anulação de partidas apenas em casos de “erro de direito”, quando há interpretação equivocada ou aplicação incorreta das regras do jogo.
A insatisfação com a arbitragem também foi reforçada pelo diretor-geral de futebol do Sport, Enrico Ambrogini, que, após o jogo, classificou a atuação de Claus como desrespeitosa:
“Me senti um palhaço dentro de campo. O clube começa a suspeitar de outras coisas”, disparou.
Com isso, o Sport estuda formalizar o pedido à CBF, o que pode transformar o empate em um processo nos tribunais esportivos.