O técnico Hernán Crespo tentou conter o clima de desânimo após a derrota do São Paulo por 3 a 0 para o Mirassol, neste domingo (19), resultado que ampliou a crise no clube. O revés foi o sétimo nos últimos oito jogos, o terceiro consecutivo no Campeonato Brasileiro, e deixou o ambiente ainda mais tenso no MorumBis.
Mesmo pressionado e com parte da torcida pedindo sua saída, o treinador argentino preferiu adotar um tom de confiança. Crespo destacou que, quando chegou ao clube, o São Paulo lutava contra o rebaixamento, e sob seu comando conseguiu reagir e brigar por vaga na Libertadores.
“Continuo acreditando e confio plenamente nesses jogadores. São os mesmos que me fizeram acreditar na possibilidade de jogar a Libertadores quando o discurso era de rebaixamento”, afirmou. “Precisamos voltar a fazer o que fazíamos. Somos as mesmas pessoas, os mesmos atletas, a mesma comissão. É hora de reencontrar o que nos trouxe até aqui.”
O técnico também ressaltou que, apesar das lesões, dos problemas extracampo e do desgaste entre torcida e diretoria, ainda enxerga potencial no grupo. “Temos de nos comprometer a voltar a ser aquele time antipático, perigoso e agressivo, respeitando nossa identidade. As expectativas cresceram porque jogamos um grande futebol. Por que não acreditar que podemos retomar isso?”, questionou Crespo, em tom de motivação.
O próximo desafio do São Paulo será no sábado (25), diante do Bahia, no MorumBis, em confronto direto na luta por vaga na pré-Libertadores. O Tricolor está oito pontos atrás do time baiano, que ocupa a sexta colocação.
Enquanto o treinador prega otimismo, o elenco demonstra abatimento. Após o jogo, Lucas Moura, titular pela primeira vez após longo período de recuperação, resumiu o sentimento do grupo: “Agora é momento de falar menos e mostrar mais”.
Com uma semana livre de treinos, Crespo terá o desafio de reorganizar um vestiário pressionado e recolocar o São Paulo no caminho das vitórias, e da confiança perdida.