Sergio Pérez está de volta à Fórmula 1 e cheio de confiança para um novo desafio. Agora piloto da estreante Cadillac, o mexicano acredita que pode retornar ao pódio mesmo reconhecendo que a equipe deve ser a mais lenta do grid em sua primeira temporada, em 2026.
Aos 36 anos, Pérez retorna às pistas após um ano sabático, acompanhado de Valtteri Bottas, também de 36, com quem soma 527 largadas e 16 vitórias na categoria. Dispensado da Red Bull no fim de 2023, o mexicano acumula 39 pódios na carreira, e já mira o 40º.
“Sim, acredito que posso voltar ao pódio”, afirmou o ex-piloto de Sauber, McLaren e Force India/Racing Point em entrevista à Reuters, direto da fábrica da Cadillac em Silverstone. “Consegui subir ao pódio por todas as equipes em que corri, exceto pela McLaren. Vamos começar atrás, mas o objetivo é claro: progredir e chegar lá. Não importa quem consiga, desde que seja a Cadillac.”
A equipe norte-americana, apoiada pela General Motors, avança rapidamente em sua estrutura. Já são mais de 400 funcionários, com previsão de chegar a 600. O time reúne engenheiros e mecânicos experientes vindos de outras escuderias e utilizará motor Ferrari em seu primeiro carro, que deve ir à pista no fim de janeiro, em Barcelona.
Antes disso, Pérez testará um carro da Ferrari de 2023 em Imola, ainda neste mês, para readaptar-se à rotina e entrosar-se com o grupo técnico. “Estou curioso para saber quantas voltas meu pescoço aguenta antes de ser destruído”, brincou. “Mas é um ótimo teste e uma boa forma de encerrar o ano antes de voltar oficialmente no próximo.”
O mexicano, que integrou a academia de jovens pilotos da Ferrari no início da carreira e correu pela Sauber em 2011, celebra o reencontro com o “vermelho”. “É o começo de um trabalho conjunto com engenheiros e mecânicos, falando a mesma língua”, disse.
Pérez reconhece os desafios de uma nova equipe, mas garante que o projeto da Cadillac é ambicioso. “Normalmente, novas escuderias sofrem com problemas financeiros, mas essa chegou para fazer tudo do jeito certo e vencer. A Cadillac tem grandes objetivos”, afirmou.
O foco, segundo o piloto, está na evolução constante. “Mais importante do que onde começamos é o quanto conseguimos crescer corrida após corrida.”
Desde o anúncio de sua contratação, em agosto, o entusiasmo dos fãs tem sido evidente. Camisetas e bandeiras da Cadillac já apareceram nos GPs dos Estados Unidos e do México. “Eles têm mais equipamentos do que nós por enquanto”, brincou Pérez, sorrindo, mas sem esconder a esperança de que o novo capítulo da carreira o leve novamente ao topo do pódio.