À espera da definição na Copa do Brasil, o futuro de Gabigol no Cruzeiro caminha para um desfecho: a saída em 2026. Apesar do contrato válido até 2028, o atacante perdeu espaço com Leonardo Jardim, não conseguiu retomar a titularidade e já sinalizou a pessoas próximas, dentro e fora do clube, que deseja buscar novos ares. A identificação com Belo Horizonte e com o clube existe, mas a falta de minutos pesa mais.
Do lado celeste, o cenário é de cautela. O presidente da SAF, Pedro Lourenço, mantém relação amistosa com o jogador e reconhece seu profissionalismo, apesar das queixas sobre o banco. Internamente, porém, há entendimento de que ouvir o atleta pode ser benéfico, especialmente pelo custo elevado para mantê-lo.
Gabigol possui o maior salário do elenco e um dos mais altos do país, inflado por luvas e reajustes progressivos, consequência de sua chegada por pré-contrato. Em um cenário de continuidade de Jardim e da manutenção de Matheus Pereira e Kaio Jorge, o atacante iniciaria 2026 novamente como reserva, mesmo tendo somado 13 gols desde abril, números relevantes para quem pouco atuou.
O entrave, agora, é encontrar um clube disposto a oferecer condições financeiras próximas às do Cruzeiro. A preferência inicial de Gabriel é permanecer no futebol brasileiro.
Enquanto isso, o foco imediato segue na semifinal da Copa do Brasil contra o Corinthians. Durante o Prêmio do Brasileirão, Pedro Lourenço comentou:
“Gabriel foi uma contratação fora da curva. É dedicado, nunca criou problema. Quer jogar, apenas isso. Tem contrato até 2028 e estamos tranquilos. Espero que chegue o momento dele.”
Apresentado como principal reforço de 2025, Gabigol começou bem o ano, marcou no Mineiro e manteve a titularidade com Jardim até a terceira rodada do Brasileirão. A partir daí, perdeu espaço para Kaio Jorge, que brilhou na temporada com 21 gols na liga e cinco na Copa do Brasil, desempenho que consolidou a mudança no ataque e deixou o camisa 99 sem espaço no projeto.