O San Lorenzo enfrenta uma das crises mais severas de sua história recente. Na tarde desta terça-feira, 13 dirigentes do clube, entre eles Julio Lopardo, Andrés Terzano e Martín Cigna, apresentaram formalmente suas renúncias durante reunião realizada no estádio Pedro Bidegain. Com a debandada, a gestão do presidente Marcelo Moretti, ausente no encontro, é considerada praticamente encerrada.
O cenário de instabilidade decorre de uma série de escândalos envolvendo Moretti, incluindo o vazamento de uma câmera oculta em que ele aparece recebendo um pacote de dinheiro sem registro contábil, além de denúncias de falsificação de documentos feitas por ex-dirigentes. Fora de campo, a crise se refletiu em protestos de torcedores e crescente pressão política dentro do clube.
Com a saída dos dirigentes, o comando do San Lorenzo ficará provisoriamente sob a assembleia de representantes, que deve se reunir nas próximas horas para definir os próximos passos. Segundo o estatuto, há possibilidade de gestão de transição ou convocação de eleições antecipadas, algo defendido por diferentes setores políticos do clube. Nos bastidores, já circulam datas, como 21 de dezembro, para um eventual pleito antecipado.
Enquanto isso, em campo, o time segue disputando o Torneo Clausura do Campeonato Argentino e ocupa atualmente a quinta posição do Grupo B, com 12 pontos.