Com dois gols sobre Djibuti, Mohamed Salah escreveu mais um capítulo histórico em sua carreira e na trajetória do Egito no futebol mundial. O craque do Liverpool se tornou o maior artilheiro da história das Eliminatórias Africanas para a Copa do Mundo, alcançando 20 gols marcados somando todas as edições do torneio.
Com a marca, o camisa 10 ultrapassou ídolos do continente como Didier Drogba, Samuel Eto’o, Islam Slimani e Moumouni Dagano, que dividiam o antigo recorde com 18 gols. Além do feito individual, Salah também foi o grande protagonista na classificação do Egito para sua quarta Copa do Mundo, sendo duas delas nas últimas três edições.
Nas atuais Eliminatórias, o atacante brilhou com nove gols e três assistências, participando diretamente de 12 dos 19 gols marcados pelos Faraós, um desempenho que reforça seu papel decisivo e seu impacto na retomada do protagonismo egípcio no cenário internacional.
Salah será um dos remanescentes da equipe que disputou o Mundial de 2018, na Rússia, e comandará uma geração que devolveu o Egito ao topo do futebol africano. Nomes como o goleiro El Shenawy, o zagueiro Rabia e o atacante Trezeguet também integram essa base que consolida a reconstrução da seleção.
A trajetória do Egito nas Copas é marcada por intervalos longos entre participações. O país estreou em 1934, superando o Mandato Britânico da Palestina em jogos eliminatórios, mas acabou eliminado pela Hungria logo na estreia. Voltou ao torneio apenas em 1990, quando somou dois empates e uma derrota na fase de grupos.
Já em 2018, com Salah ainda se recuperando de uma lesão no ombro, os Faraós não conseguiram avançar, encerrando sua participação com três derrotas. Agora, em 2026, o objetivo é ambicioso: conquistar a primeira vitória da história do Egito em Copas do Mundo, e, mais uma vez, todas as esperanças estão depositadas nos pés de Salah, o maior ídolo do futebol egípcio e símbolo de uma geração histórica.