O GP do Canadá do último domingo (15) foi marcado por emoções intensas e reviravoltas decisivas. George Russell conquistou a primeira vitória da Mercedes na temporada 2025 da Fórmula 1, encerrando o jejum da equipe com uma performance consistente no circuito Gilles Villeneuve, em Montreal.
A corrida parecia caminhar para um desfecho tranquilo, mas a três voltas do fim, um lance dramático mudou o cenário: Oscar Piastri e Lando Norris colidiram quando o britânico tentou ultrapassar o companheiro de equipe na disputa pelo título. O toque, que tirou Norris da prova, expôs a tensão interna na McLaren e deu a Piastri um respiro no campeonato, agora com 22 pontos de vantagem.
“Desculpa. Foi totalmente culpa minha. Uma idiotice da minha parte”, admitiu Norris, via rádio, assim que encostou o carro danificado, sem a asa dianteira.
A batida forçou a entrada do safety car, que liderou o pelotão até a volta final. Piastri, que havia feito uma parada estratégica e retornado com pneus novos, não teve chance de atacar nos instantes finais e cruzou a linha de chegada em quarto lugar.
Max Verstappen, que buscava sua quarta vitória consecutiva em solo canadense, terminou em segundo, frustrado por não alcançar o recorde no circuito onde dominou nos últimos anos. Já a surpresa do dia veio com Kimi Antonelli. O jovem italiano de 18 anos, estreante na Fórmula 1 e companheiro de Russell na Mercedes, completou o pódio em terceiro e celebrou seu primeiro top-3 na categoria.
Entre os demais destaques, Charles Leclerc e Lewis Hamilton, ambos da Ferrari, terminaram em quinto e sexto, respectivamente. Fernando Alonso levou a Aston Martin ao sétimo lugar, enquanto Nico Hulkenberg garantiu importantes pontos para a Sauber, cruzando em oitavo. Esteban Ocon, celebrando sua 200ª largada na F1, foi o nono com a Haas. Carlos Sainz, agora piloto da Williams, fechou o top-10.
A vitória de Russell reacende as esperanças da Mercedes em um ano difícil, ao passo que a colisão entre os dois pilotos da McLaren deve provocar reflexões na equipe sobre o equilíbrio entre competitividade e estratégia interna.