Romano Mussolini, bisneto de Benito Mussolini, chega à Série A pela Cremonese e reacende debate sobre seu nome

A chegada de Romano à primeira divisão traz à tona um episódio polêmico que marcou sua carreira. Em dezembro de 2024, ao marcar seu primeiro gol como profissional pelo Juve Stabia, na Série B, parte da torcida comemorou com a “saudação romana”, gesto de braço estendido associado ao fascismo e à figura de seu bisavô.

Em resposta, o jogador fez um gesto pedindo silêncio, mas a cena repercutiu negativamente em toda a Europa. Na ocasião, o Juve Stabia divulgou nota oficial negando qualquer conotação fascista e repudiando a exploração da imagem do atleta.

Romano Benito Floriani Mussolini é lateral-direito e pertence à Lazio, clube pelo qual ainda não estreou oficialmente. Após passar pela base da Roma, chegou à Lazio em 2016 e acumulou empréstimos por equipes das divisões inferiores, como Pescara (Série C) e Juve Stabia (Série B). Suas atuações pelo Juve Stabia chamaram a atenção da Cremonese, que agora aposta no jovem talento para a disputa da Série A.

Filho da política italiana Alessandra Mussolini e neto do pianista Romano Mussolini, Romano tem buscado se afastar das polêmicas políticas associadas ao sobrenome. Em entrevistas, ele afirmou querer ser avaliado apenas por seu desempenho dentro de campo. Ainda assim, demonstra preferência pelo uso do sobrenome do bisavô, Romano Mussolini, rejeitando a sugestão de utilizar o sobrenome paterno, Floriani.

A chegada de Romano Mussolini ao futebol de elite italiano reacende debates sobre a relação entre esporte, história e identidade, enquanto o jovem jogador tenta construir sua própria trajetória profissional longe das sombras do passado.