Rogério Ceni defende profissionalização da arbitragem e critica excesso de reclamações no futebol brasileiro

Aline Feitosa
Após a vitória do Bahia por 2 a 1 sobre o Bragantino, neste domingo (2), o técnico Rogério Ceni aproveitou a entrevista coletiva para ir além da análise tática da partida. Em meio ao clima de insatisfação generalizada com a arbitragem no futebol brasileiro, o treinador fez um apelo por reflexão e defendeu mudanças estruturais, tanto no comportamento de jogadores e técnicos quanto na forma como o apito é tratado no país.

“Pelo contexto em que o futebol chegou, com tudo o que o envolve, se fosse possível profissionalizar a arbitragem, acredito que os erros diminuiriam. O problema maior é comportamental. Precisamos de regras mais severas e claras”, afirmou Ceni.

O treinador citou o caso recente da expulsão de Plata, do Flamengo, como exemplo de incoerência disciplinar.
“O jogador foi expulso, mas quem provocou não levou nada. Isso acontece com frequência. Em várias partidas, o causador da confusão sai impune. É preciso repensar as regras”,completou.

Ceni também destacou que a postura de quem está em campo contribui para o ambiente hostil que cerca os árbitros.
“Temos que deixar o árbitro apitar em paz. O jogador brasileiro é muito chato, o treinador é chato, os goleiros fazem cera… Todos nós precisamos melhorar. A profissionalização ajudaria, mas também precisamos mudar de atitude”, desabafou o técnico.

Mesmo adotando um tom mais equilibrado, o comandante tricolor não poupou críticas ao uso do VAR no Brasil. Para ele, o recurso tecnológico tem sido mal utilizado e prejudicado o andamento das partidas.
“O VAR erra demais aqui. Atrasa o jogo, interfere onde não deve, chama o árbitro quando não precisa. Eles têm todos os ângulos, não podem cometer tantos erros. O árbitro acaba confuso, com muita gente falando no ouvido dele”, criticou.

Por fim, Ceni defendeu melhores condições de trabalho e remuneração aos profissionais da arbitragem como forma de reduzir falhas e pressões.
“ Se os árbitros forem mais bem preparados e melhor pagos, correm menos riscos. Isso é bom para o jogo, para quem joga e para quem assiste”, concluiu.

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