A final de Wimbledon 2025, disputada no último domingo, confirmou o que o mundo do tênis já suspeitava: a rivalidade entre Jannik Sinner e Carlos Alcaraz está se consolidando como uma das maiores da era moderna. Em mais um capítulo memorável, o italiano levou a melhor sobre o espanhol e conquistou seu primeiro título no tradicional torneio londrino, com vitória por 3 sets a 1, parciais de 4/6, 6/4, 6/4 e 6/4.
O confronto marcou o reencontro entre os dois primeiros colocados do ranking da ATP pouco mais de um mês após a épica final de Roland Garros, onde Alcaraz venceu após 5 horas e 29 minutos de uma batalha histórica, a mais longa já registrada em uma decisão do Grand Slam francês. Desta vez, em solo britânico, a história foi diferente. Alcaraz saiu na frente, mas viu o número 1 do mundo reagir com autoridade e dominar os sets seguintes.
Após o duelo, Alcaraz fez questão de exaltar o nível técnico elevado da rivalidade e a importância que Sinner tem tido para sua evolução dentro das quadras.
“Estou muito feliz por ter essa rivalidade com ele. É ótimo para nós dois e para o tênis. Sempre que nos enfrentamos, o nível é altíssimo. Sinceramente, não vejo outro jogador no circuito com esse nível quando jogamos um contra o outro”, declarou o espanhol em coletiva.
Desde o Australian Open de 2024, nenhum outro tenista além de Alcaraz e Sinner venceu um Grand Slam. O domínio da dupla tem alimentado comparações com rivalidades históricas do esporte, como Federer x Nadal ou Djokovic x Murray, e ampliado o interesse em torno dos dois jovens fenômenos.
Alcaraz, que nunca havia perdido uma final de Grand Slam até Wimbledon, também ressaltou o quanto os confrontos contra Sinner funcionam como motivação diária.
“Essa rivalidade me obriga a dar o meu melhor sempre. Em cada treino, preciso me superar, porque o nível necessário para vencer o Jannik é altíssimo. Isso me faz crescer como atleta”, destacou.
Do lado italiano, a admiração é recíproca. Darren Cahill, técnico de Sinner, revelou que seu pupilo acompanha de perto os jogos do rival espanhol para entender suas evoluções técnicas.
“O Jannik assiste mais ao Alcaraz do que a qualquer outro jogador. Ele está fascinado com o quanto Carlos tem melhorado, e isso o pressiona a evoluir também. Esta vitória foi especial não só por ser Wimbledon ou uma final de Grand Slam, mas porque ele precisava superar Carlos depois de cinco derrotas consecutivas”, explicou Cahill.
Com o título em Londres, Sinner iguala o número de Grand Slams vencidos por Alcaraz desde o início de 2024 e reforça o equilíbrio dessa nova era do tênis. Agora, todas as atenções se voltam para Nova York. O US Open, último Major do ano, será realizado em agosto.
Em 2024, Sinner foi o campeão, ao bater o anfitrião Taylor Fritz na decisão. Se o troféu de 2025 ficar novamente com o italiano ou com Alcaraz, ficará consolidado um domínio absoluto dos dois tenistas nas últimas duas temporadas.