O ex-campeão mundial de boxe Ricky Hatton foi encontrado morto em sua residência em Manchester, no último domingo (14). Aos 46 anos, o britânico planejava retornar aos ringues em dezembro, 13 anos após sua aposentadoria, para enfrentar Eisa Al Dah, dos Emirados Árabes Unidos, em Dubai.
Em 15 anos de carreira profissional, Hatton construiu um legado marcante, com 45 vitórias em 48 lutas, além de conquistar títulos mundiais nas categorias meio-médio-ligeiro e meio-médio. Entre seus grandes feitos estão vitórias sobre Kostya Tszyu e Jose Luis Castillo, além de confrontos contra Floyd Mayweather e Manny Pacquiao, nos quais foi derrotado.
Segundo a Polícia da Grande Manchester, o corpo foi encontrado na manhã de domingo na Bowlacre Road, em Hyde, Tameside, após acionamento de moradores. “Oficiais foram chamados por um membro do público às 6h45, horário local, e encontraram o corpo de um homem de 46 anos. Atualmente, não se acreditam existir circunstâncias suspeitas”, afirmou um porta-voz.
Após se aposentar em 2012, Hatton falou publicamente sobre depressão e problemas com álcool, mas manteve seu legado no boxe britânico. Em 2024, entrou para o Hall da Fama Internacional de Boxe.
A notícia da morte gerou uma série de homenagens. Antes do clássico entre Manchester City e Manchester United, no Etihad Stadium, fãs de ambos os clubes prestaram uma emocionante homenagem ao “Hitman”, torcedor fanático dos Citizens, com um minuto de aplausos em memória do pugilista.
Após o jogo, o técnico Pep Guardiola destacou a intensidade do momento. “Estou aqui há 10 anos e me lembro de muitos minutos de silêncio, mas nenhum tão, tão, tão intenso como o de hoje. Quero agradecer aos fãs do Manchester United pela forma como se comportaram. Ele foi campeão mundial de boxe e foi um momento muito especial”, afirmou.