A Red Bull anunciou oficialmente, nesta terça-feira (9), que Helmut Marko deixará a equipe ao fim da temporada 2025, colocando ponto final em uma das parcerias mais duradouras e marcantes da Fórmula 1 moderna. A decisão ocorre após semanas de especulações e marca a saída de uma das figuras mais influentes, e controversas, da estrutura esportiva da marca.
Os rumores já circulavam intensamente no paddock, e o próprio Marko havia sinalizado que poderia não renovar seu contrato. Nos bastidores, as conversas com a alta cúpula da Red Bull se intensificaram nos últimos dias, em meio a tensões internas, incluindo divergências sobre decisões estratégicas e críticas públicas dirigidas a pilotos.
Em comunicado, Marko descreveu sua saída como o “fim de um ciclo extraordinário”. A trajetória começou no fim dos anos 1990, quando ele liderou a criação do Red Bull Junior Team, um dos programas de formação mais bem-sucedidos do automobilismo, responsável por revelar 18 pilotos à Fórmula 1, entre eles Sebastian Vettel e Max Verstappen.
Sua atuação na F1 ganhou status oficial em 2005, quando a Red Bull assumiu o controle da antiga Jaguar. Desde então, Marko esteve presente em 417 grandes prêmios, acompanhou seis títulos de construtores, oito títulos de pilotos e participou diretamente da expansão que resultou na atual Racing Bulls.
Antes de se tornar dirigente, Marko teve carreira como piloto: competiu na Fórmula 1 e foi vencedor das 24 Horas de Le Mans. Seu trajeto nas pistas, porém, foi interrompido após perder a visão de um olho ao ser atingido por detritos durante o GP da França de 1972.
Com sua saída, a Red Bull se prepara para redefinir sua estrutura técnica e esportiva em um dos momentos mais sensíveis da equipe na era pós-Dietrich Mateschitz.