Rebeca Andrade: um ano após Paris 2024, a ginasta traça novos caminhos e reforça seu papel de líder na ginástica brasileira

Aline Feitosa
Exatamente um ano após brilhar nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, Rebeca Andrade reafirma seu status como maior nome do Brasil no cenário olímpico atual. A ginasta do Flamengo conquistou o coração dos brasileiros com suas medalhas e performances memoráveis, mas seu olhar vai além das conquistas dentro do ginásio. Ela quer ser uma referência também fora das competições, inspirando a próxima geração da ginástica nacional.

Em entrevista exclusiva ao Lance!, Rebeca celebra o aniversário da sua última participação olímpica e projeta o futuro, a cerca de três anos da próxima edição dos Jogos, em Los Angeles 2028. A conversa é a primeira de uma série com medalhistas que marcaram Paris, com a judoca Bia Souza como próxima convidada.

O caminho da atleta, que levou muita alegria aos torcedores no ano passado, passou por momentos de dúvida sobre a continuidade na seleção brasileira. A possibilidade de aposentadoria chegou a ser considerada, mas Rebeca escolheu seguir em frente com novos objetivos.

 “Um papel legal que eu tenho é de continuar acreditando, sabe? Eu poderia ter desistido em vários momentos da minha carreira, em vários momentos da minha vida, mas tentei mais uma vez, acreditei mais uma vez, e passar isso para as meninas que estão vindo agora é muito legal,” afirmou.

Esse momento de reflexão foi acompanhado de perto pelo treinador da Seleção Brasileira de Ginástica Artística, Francisco Porath, o Chico, que auxiliou Rebeca a encontrar uma nova rota na carreira, evitando a aposentadoria prematura.

“Eu pensei em encerrar minha carreira, sim, porque para mim já tinha realizado tudo: medalha por equipe e minhas medalhas individuais. Mas também vi que tinha outra possibilidade de seguir de outra forma, assim que sentei e conversei com o Chico,” revelou.

A principal mudança após essa decisão foi a retirada da atleta das competições no aparelho do solo, mesmo após conquistar a medalha de ouro. O motivo foi o grande desgaste físico e mental acumulado ao longo dos anos. Agora, Rebeca segue competindo no salto sobre a mesa, barras assimétricas e trave de equilíbrio, equilibrando seu esforço para manter a alta performance por mais tempo.

Ela reforça que seu papel vai além da liderança técnica, buscando também ser uma influência positiva para o Time Brasil no cotidiano.

“Cuidar da minha mente e do meu corpo sempre será prioridade para mim. Este ano, sendo mais tranquilo e com o Mundial onde não competimos por equipe, sinto que posso cuidar melhor disso,” explicou.

O cuidado com o corpo e a mente é um trabalho contínuo, e Rebeca já está focada na preparação para o Mundial de Jakarta 2025, de 19 a 25 de outubro, além do ciclo que levará à próxima Olimpíada.

“Estamos trabalhando nisso. Converso bastante com minha psicóloga e faço todos os tratamentos necessários para começar o próximo ano de uma forma muito melhor, com menos dores. Esse é o foco principal,” concluiu.

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