O Liverpool vive um de seus piores momentos em décadas. Na quarta-feira (26), o time foi goleado por 4 a 1 pelo PSV em pleno Anfield, pela quinta rodada da fase de liga da Champions League. O resultado agravou a sequência negativa dos Reds, que agora acumulam nove derrotas nos últimos 12 jogos, marca que não se via desde a temporada 1953–54.
A queda de rendimento levantou questionamentos sobre o futuro do técnico Arne Slot, que admitiu surpresa com a dimensão da crise. “É um choque para todos: jogadores, jornalistas, para mim… completamente inesperado considerando a qualidade que vínhamos mostrando”, afirmou o treinador.
Slot discordou que o problema seja falta de confiança, destacando o início de jogo da equipe. “É complicado reagir a um gol tão cedo, mas criamos chances e nos mantivemos no campo ofensivo”, disse. “As emoções são muito negativas. Esperava muito mais. Mesmo em derrotas anteriores, jogamos melhor do que hoje.”
A frustração é ainda maior pelo investimento pesado feito pelo Liverpool na temporada: 446 milhões de euros (cerca de R$ 2,7 bilhões) em reforços, incluindo a contratação de Alexander Isak, a maior transferência da história do futebol inglês. Ao mesmo tempo, Mohamed Salah vive um período de baixa, longe da versão que terminou a Premier League como artilheiro na última temporada.
Perante a terceira derrota consecutiva, Slot assumiu total responsabilidade. “Quando as coisas dão certo ou errado, a responsabilidade é minha. Não criamos o suficiente. Fiz ajustes, mas nada funcionou. Faltou capacidade de finalização. Aqui em Anfield, basta um gol para mudar o jogo, mas ele não veio.”
A crise se reflete na tabela: o Liverpool é apenas o 12º colocado na Premier League e aparece em 13º na Champions League. A equipe tenta reagir no domingo (30), quando enfrenta o West Ham pelo Campeonato Inglês.