Na manhã deste domingo (5), um grupo de torcedores do Grêmio realizou um protesto em frente à sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. As manifestações foram marcadas por cartazes com frases como “Roubar o Grêmio virou protocolo” e “CBF corrupta”, além de notas falsas de dinheiro com o rosto de árbitros espalhadas pelo local.
A revolta teve origem na derrota por 1 a 0 para o Red Bull Bragantino, no sábado (4), em Bragança Paulista, marcada por decisões polêmicas da arbitragem. O gol da vitória do Massa Bruta foi anotado por Jhon Jhon, de pênalti, aos 16 minutos de acréscimo no segundo tempo.
O lance gerou protestos imediatos dos jogadores e da comissão técnica gremista. O Tricolor ainda jogou toda a etapa final com um atleta a menos, após a expulsão do zagueiro Walter Kannemann no fim do primeiro tempo.
Diante da repercussão, a Comissão de Arbitragem da CBF divulgou uma nota oficial neste domingo anunciando o afastamento dos árbitros que atuaram nas partidas entre Red Bull Bragantino x Grêmio e São Paulo x Palmeiras, ambas válidas pelo Campeonato Brasileiro.
Segundo o comunicado, os profissionais passarão por um período de “treinamento, aprimoramento e avaliação interna” antes de voltarem a ser escalados. No caso da partida em Bragança Paulista, os árbitros Lucas Casagrande e Gilberto Rodrigues Castro Junior foram os alvos da medida.
A insatisfação também foi expressa pelos jogadores. O lateral-esquerdo Marlon não poupou críticas após o apito final.
“Eu vou falar categoricamente: o Grêmio foi prejudicado e está sendo roubado. Outras equipes também. A gente não profissionaliza nossos árbitros, eles não têm suporte e são influenciáveis”, afirmou o jogador.
“Ele marca pênalti num lance em que estou com o braço recolhido. No Gre-Nal também tivemos erros contra a gente. Isso se repete. CBF, profissionalizem os árbitros e melhorem a qualidade do produto. Assim não tem condições”, completou.
A pressão sobre a arbitragem cresce em meio a uma série de reclamações de clubes nas últimas rodadas do Brasileirão, e o Grêmio, agora, é o principal símbolo desse descontentamento.