O confronto contra o Juventude, nesta segunda-feira (4), às 20h, na Vila Belmiro, ganhou contornos decisivos para o futuro de Cléber Xavier no comando técnico do Santos. Caso o Peixe não vença, a tendência nos bastidores é de que a diretoria opte pela troca no comando.
Contratado em abril com a missão de estabilizar a equipe, Cléber não conseguiu dar resposta dentro de campo. O time foi eliminado ainda na terceira fase da Copa do Brasil e atualmente ocupa a 18ª colocação no Campeonato Brasileiro, com apenas 15 pontos, situação que mantém o clube na zona de rebaixamento.
A pressão não recai apenas sobre o treinador principal. Toda a comissão técnica, formada por nomes ligados ao ex-técnico da Seleção Brasileira, Tite, também é alvo de questionamentos. Entre os integrantes estão Matheus Bachi, filho e ex-auxiliar de Tite; César Sampaio, outro nome que trabalhou com Adenor; e Fábio Mahseredjian, preparador físico de confiança da antiga comissão da Seleção. Internamente, a avaliação é de que o trabalho chegou ao limite, sem perspectivas de evolução.
Diante do cenário instável, o clube já iniciou sondagens informais no mercado. Os argentinos Jorge Sampaoli e Juan Pablo Vojvoda aparecem como principais opções para assumir o comando técnico caso a demissão de Cléber se confirme. Segundo apuração da reportagem, Sampaoli é o nome mais forte neste momento, embora enfrente resistência por parte de uma ala da diretoria. Ele treinou o Santos em 2019 e, mesmo já tendo recusado um convite do clube nesta temporada, voltou a ser cogitado.
A vitória contra o Juventude pode tirar o Peixe da zona da degola, mas, independentemente do resultado, a instabilidade nos bastidores segue latente. A partida, portanto, não vale apenas três pontos: pode selar o futuro do comando técnico alvinegro para o restante da temporada.