A arbitragem da Série A do Campeonato Brasileiro voltou ao centro das discussões nas últimas semanas, após uma sequência de polêmicas e cobranças públicas de jogadores e clubes pela profissionalização dos juízes de campo e do VAR. Em entrevista exclusiva à Itatiaia neste domingo (12), o presidente da CBF, Samir Xaud, falou sobre as medidas que vêm sendo adotadas para aprimorar o desempenho dos árbitros e modernizar o sistema.
“Desde o primeiro dia da gestão estamos trabalhando na reformulação da arbitragem. Fizemos investimentos em educação continuada, realizamos diversos encontros e treinamentos. A CBF nunca deixou de atuar nesse sentido. A qualificação dos árbitros é uma prioridade, especialmente pelos últimos acontecimentos”, afirmou Xaud.
Na semana anterior, a entidade afastou quatro árbitros, entre juízes de campo e operadores de VAR, após erros considerados graves durante partidas da Série A. O episódio reacendeu o debate sobre a necessidade de profissionalizar a categoria.
Atualmente, os árbitros brasileiros precisam ter outra fonte de renda, o que, na prática, os mantém em caráter semiprofissional, mesmo atuando em um ambiente de alto rendimento.
Segundo o presidente da CBF, o projeto de profissionalização já está em andamento e será implementado em breve, embora ainda sem uma data definida.
“Estamos discutindo esse tema há algum tempo e acredito que chegou o momento de colocar em prática tudo o que foi planejado nesses quatro meses de gestão”, garantiu.
Outra novidade prevista para o futuro próximo é a adoção do impedimento semiautomático, tecnologia que já está em uso em grandes ligas europeias desde 2022. O recurso promete maior precisão nas marcações, eliminando erros humanos nas análises do VAR.
“O impedimento semiautomático está bem encaminhado e estará presente a partir de 2026 no nosso campeonato”, confirmou Samir Xaud.
A CBF também estuda melhorias estruturais nos estádios para receber a nova tecnologia, que exige alto investimento em câmeras e sistemas de rastreamento. A expectativa é que a modernização e a profissionalização tragam mais credibilidade e eficiência à arbitragem brasileira nos próximos anos.