O clima no US Open esquentou após a vitória de Taylor Townsend sobre Jelena Ostapenko na última quarta-feira (27). Durante a partida, a letã acusou a americana de “não ter classe” e “não ter educação”, gerando repercussão imediata no circuito.
Naomi Osaka, após avançar à terceira rodada com vitória sobre Hailey Baptiste por 6/3 e 6/1, criticou a fala de Ostapenko.
“É uma das piores coisas que você pode dizer a uma jogadora negra em um esporte majoritariamente branco. Conheço a Taylor, sei o quanto ela trabalha duro e é inteligente. Ela está longe de ser alguém sem educação”, afirmou a ex-número 1 do mundo. Osaka ainda ressaltou que a declaração ignorou o histórico de racismo nos Estados Unidos, classificando-a como “de péssimo timing e dirigida à pior pessoa possível”.
Ostapenko tentou contextualizar sua irritação nas redes sociais, explicando que o atrito começou quando Townsend não pediu desculpas após ganhar um ponto favorecido pela rede, um gesto considerado esportivo, embora não obrigatório pelas regras.
Ao comentar o episódio, Osaka também relativizou a situação: “Sinceramente, eu não me importaria. Depende da pessoa. Se for uma bola muito próxima, entendo quem não pede desculpas”.
Aryna Sabalenka, número 1 do mundo, se posicionou de forma equilibrada, defendendo Ostapenko, mas criticando a perda de controle.
“Ela é uma boa pessoa, mas às vezes perde o controle. Espero que um dia consiga lidar melhor com as emoções”, disse a bielorrussa.
Ostapenko, eliminada na primeira rodada de duplas nesta quinta-feira (28), não concedeu entrevistas, conforme informou a Associação de Tênis dos Estados Unidos, alegando motivos médicos.