“Pior temporada da carreira”: Hamilton desabafa após novo fracasso e pressão cresce na Ferrari

Foi a primeira vez desde Abu Dhabi 2009 que uma Ferrari partiu da última posição por falta de desempenho, um marco incômodo para a equipe italiana. Visivelmente frustrado, Hamilton desabafou à Sky Sports:
“Eu me sinto péssimo. Tem sido a pior temporada de todas. Não importa o quanto eu tente, continua piorando. Tentei de tudo, dentro e fora do carro.”

Contratado no início do ano após encerrar sua longa passagem pela Mercedes, o heptacampeão ainda não conseguiu subir ao pódio em 22 corridas pela Ferrari. A vitória na sprint de Xangai, em março, permanece como o único ponto realmente positivo de sua campanha. A equipe, por sua vez, amarga um jejum incômodo: é a única das quatro principais que ainda não venceu em 2025. O resultado é uma queda drástica, de vice-campeã no ano passado para apenas a quarta colocada no Mundial de Construtores.

Sem chances de terminar o campeonato entre os cinco primeiros, Hamilton reconheceu o tamanho da crise:
“Eu nem sei quantos pontos nós temos, mas, nesse ritmo, com meu desempenho, estamos acabados.”

O tom do britânico mudou ao longo da temporada. Depois de um início cheio de otimismo, suas declarações passaram a refletir frustração. O presidente da Ferrari, John Elkann, chegou a sugerir que os pilotos “falassem menos e focassem em pilotar”. Na véspera da corrida em Las Vegas, Hamilton classificou sua sessão de classificação como “horrível”.

O chefe de equipe, Frédéric Vasseur, tratou de amenizar a situação e demonstrou empatia:
“Eu entendo completamente a adrenalina e a emoção. O mais importante não é o que dizem na TV, mas o que fazem na segunda-feira para melhorar.”

Ex-companheiro de Hamilton na McLaren e campeão mundial em 2009, Jenson Button comentou o momento do amigo na Sky Sports:
“Tem sido uma temporada muito difícil para alguém do calibre dele. É a primeira vez que o vemos realmente abatido. Mentalmente é desgastante. São fases que marcam a carreira.”

O desabafo de Hamilton expõe um cenário de tensão crescente na Ferrari, que, além da pressão esportiva, agora também precisa administrar a queda emocional de seu principal nome.