Piastri exalta título de Norris, mas reforça pedido por igualdade na McLaren em 2026

“Não acho que vá mudar nada. Ele teve um grande ano e mereceu ser campeão, mas continua sendo o Lando Norris, não virou o Super-Homem”, declarou Piastri, minimizando qualquer possibilidade de alteração na dinâmica interna da equipe.

A McLaren, campeã de construtores em 2025, manteve até o fim da temporada sua filosofia das chamadas “regras papaia”: liberdade total para seus pilotos duelarem, desde que sem acidentes e sem comprometer o resultado da equipe. Mesmo na decisão em Abu Dhabi, com Norris 16 pontos à frente e ambos ainda na disputa, a escuderia resistiu a qualquer ordem de equipe.

Piastri reforçou que confia na continuidade desse modelo:
“Espero total imparcialidade e igualdade daqui para frente. Não tenho motivo para acreditar que isso vai mudar. Lando foi muito forte e, no fim, fez um trabalho melhor.”

A temporada, porém, colocou as regras à prova em momentos delicados. No Canadá, Norris bateu na traseira de Piastri e abandonou. Na Itália, o australiano tomou o segundo lugar do britânico após um pit stop ruim da equipe, mas foi orientado a devolver a posição, decisão que gerou vaias a Norris e críticas à McLaren. Apesar da polêmica, Piastri aceitou a determinação e evitou atritos públicos.

Ao fazer um balanço do ano, o australiano destacou que a competitividade entre os dois elevou o nível da equipe e de ambos como pilotos.
“Foi desconfortável às vezes, mas muito produtivo. Tivemos diversas conversas, e certamente teremos mais na entressafra. No fim, a equipe nos deu a melhor chance possível de lutar de maneira justa por um título mundial.”

Piastri terminou o GP de Abu Dhabi na segunda posição, atrás de Max Verstappen, e fechou o campeonato com 410 pontos , 13 a menos que Norris, o campeão de 2025.