Piastri descarta tratamento preferencial na McLaren e minimiza toque com Norris no Canadá

“Continuamos livres para correr. Estamos lutando pelo campeonato, e o importante é garantir que não haja mais contatos”, declarou o piloto, que venceu cinco das dez corridas realizadas até agora. Com 22 pontos de vantagem sobre Norris e 43 à frente de Max Verstappen, da Red Bull, Piastri lidera a tabela a 14 provas do fim da temporada.

O episódio mais tenso da rivalidade interna ocorreu na última etapa, em Montreal, quando Norris atingiu a traseira do carro de Piastri durante uma disputa pela quarta colocação. O britânico abandonou a corrida e reconheceu o erro. Segundo Piastri, a situação foi resolvida entre eles ainda no paddock, após a prova.

Questionado sobre a possibilidade de se tornar o piloto número 1 da equipe, Piastri evitou polemizar. “Seu conceito de ‘vantagem confortável’ é diferente do meu”, disse, sorrindo. “Todos queremos uma chance justa de vencer, especialmente no campeonato de pilotos, que só um pode conquistar. No momento, não estamos nem perto de discutir esse tipo de hierarquia.”

A McLaren vive um ano dominante: venceu sete das dez etapas disputadas, duas foram vencidas por Verstappen e uma por George Russell, da Mercedes, que triunfou justamente no Canadá. A equipe de Woking lidera o Mundial de Construtores com 175 pontos de vantagem sobre a Mercedes.

O GP do Canadá, no entanto, marcou a primeira vez na temporada em que nenhum piloto da McLaren subiu ao pódio ou largou na primeira fila. Ainda assim, tanto Piastri quanto Norris demonstram otimismo para o próximo desafio, o GP da Áustria, neste domingo (30).

“Errar faz parte do esporte. O mais importante é o que tiramos disso”, disse Norris. “O incidente no Canadá serviu como aprendizado e, de certa forma, nos fortaleceu como equipe.”