Piastri admite que ordens da McLaren em Monza influenciaram seu pior fim de semana na F1, no Azerbaijão

Desde o episódio em Monza, realizado em 7 de setembro, o piloto da McLaren perdeu o bom momento que vivia na temporada e viu sua vantagem na liderança do campeonato de pilotos se transformar em um atraso de 24 pontos em relação ao companheiro de equipe, Lando Norris.

Na corrida italiana, Norris ocupava a segunda posição quando um erro nos boxes o fez cair para terceiro, atrás de Piastri. A equipe, no entanto, ordenou que o australiano cedesse a posição ao britânico, decisão que ele chegou a questionar via rádio, afirmando que um pit stop lento “também faz parte da corrida”, algo que, segundo ele, havia sido previamente acordado internamente. Mesmo assim, a troca foi mantida.

Na etapa seguinte, em Baku, o australiano viveu um verdadeiro pesadelo: bateu durante a classificação, cometeu uma largada falsa e abandonou ainda na primeira volta. Em entrevista ao podcast oficial da Fórmula 1, “Beyond The Grid”, Piastri admitiu que o episódio em Monza ainda estava “na sua cabeça” quando chegou ao Azerbaijão.

“Foi uma combinação de várias coisas. Monza não foi um fim de semana particularmente bom da minha parte, e teve toda a questão dos pit stops. Em Baku, nada parecia funcionar. Eu estava forçando demais o carro, não estava satisfeito com minha pilotagem e, no fim, tentei compensar no sábado”, afirmou.

O piloto ressaltou que não culpa as ordens de equipe pelos erros cometidos nas corridas seguintes, mas admitiu que a situação contribuiu para a perda de foco.

“Tiveram algumas coisas até chegar a esse ponto que talvez não tenham sido as mais úteis. Também tivemos um problema no motor no TL1, pneus C6 difíceis de lidar… pequenas coisas que foram se somando”, explicou.

Apesar do resultado negativo, Piastri diz ter tirado lições valiosas do fim de semana em Baku.

“Sinto que no sábado meu ritmo era bom, mas eu estava tentando um pouco demais. Foi o pior final de semana que já tive no automobilismo, mas, de certa forma, o mais útil”, concluiu o australiano.