Palmeiras rebate Rogério Ceni e promete queixa formal à CBF sobre gramado da Fonte Nova

O diretor de futebol do Verdão, Anderson Barros, reagiu às declarações de Rogério Ceni, que minimizou a reclamação de Abel Ferreira e disse que o campo ruim beneficiaria o time paulista pelo estilo de jogo.

“ Quanto à crítica do treinador do Bahia sobre a forma como supostamente o Palmeiras joga, não vale perder tempo. Os títulos conquistados pelo clube sob o comando da comissão técnica do Abel demonstram a excelência do trabalho desenvolvido. A declaração do senhor Rogério Ceni entra em uma questão ética complicada, e acho que ele deveria repensá-la”, afirmou Barros ao ge.

A condição do gramado foi tema central do duelo. Ainda no primeiro tempo, Lucas Evangelista e Piquerez deixaram o jogo com dores, e a diretoria alviverde apontou o piso como um dos fatores de risco. O clube já confirmou que fará uma reclamação formal à CBF.

“Sempre que o Palmeiras faz uma queixa, é pelo bem do futebol. Não culpamos o campo ruim pelo resultado, mas é inadmissível que um jogo de Série A seja disputado em condições como as da Fonte Nova. O gramado não é ruim para o Palmeiras; é ruim para o Bahia, para os demais clubes, para os atletas e para o nosso futebol”, reforçou o dirigente.

Barros também recordou uma fala de Rogério Ceni em julho de 2024, quando o técnico, após derrota do Bahia, criticou duramente o mesmo gramado.

“O próprio treinador do Bahia disse há um ano que era preferível jogar em campo sintético do que na Fonte Nova. Não fui eu quem disse, foi o senhor Rogério Ceni, que aparentemente se esqueceu do que falou em 2024”, completou.

O dirigente ainda defendeu a decisão do Palmeiras de instalar grama sintética no Allianz Parque em 2020, justificando a mudança como medida de proteção aos atletas.

“A integridade física dos jogadores sempre foi prioridade. Não é coincidência que, desde a implementação do piso artificial, o Palmeiras esteja entre os clubes com menor número de lesões no Brasil”, concluiu.