O Palmeiras foi oficialmente denunciado ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por episódios ocorridos durante o clássico contra o Corinthians, realizado no início de abril, na Arena Barueri, pelo Campeonato Brasileiro. A acusação envolve gritos homofóbicos entoados por torcedores e o arremesso de cabeças de galinha no gramado durante a partida
O julgamento está marcado para esta sexta-feira (24), na sede do tribunal, no Rio de Janeiro. A denúncia abrange os artigos 213 e 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
Pelo artigo 213, o clube é responsabilizado por não tomar medidas para evitar desordens, invasão de campo ou o lançamento de objetos no gramado. Já o artigo 243-G trata de atos discriminatórios, desdenhosos ou ultrajantes por parte da torcida, neste caso relacionados a homofobia.
As punições previstas incluem multas que podem chegar a R$ 100 mil por infração, totalizando até R$ 200 mil. Além disso, torcedores identificados pelo clube como autores dos atos podem ser proibidos de frequentar estádios por até 720 dias.
O canto homofóbico foi registrado ainda durante o aquecimento do time corintiano, antes do início da partida. Parte da torcida alviverde entoou ofensas direcionadas ao atacante Ángel Romero, com gritos como: “Romero, viad*”.
Além dos cânticos, o jogo foi interrompido em dois momentos distintos devido ao arremesso de cabeças de galinha no gramado. O primeiro incidente ocorreu aos 33 minutos do segundo tempo, na área do goleiro corintiano Matheus Donelli. Aos 42 minutos, o árbitro Rafael Rodrigo Klein recolheu uma segunda cabeça de galinha próxima ao campo.
A denúncia reacende o debate sobre responsabilidade dos clubes em relação ao comportamento de suas torcidas e o combate à discriminação no futebol brasileiro.