O Conselho Deliberativo do Palmeiras aprovou, na última segunda-feira (2), o afastamento do conselheiro vitalício Celso Bellini por conduta considerada incompatível com os valores do clube. Com 186 votos favoráveis e apenas nove contrários, a medida foi tomada após denúncia de assédio sexual contra associadas menores de idade nas dependências da sede social, em setembro de 2023.
À época, Bellini já havia sido suspenso por 90 dias, e o clube, por meio da presidente Leila Pereira, instaurou uma sindicância interna para apurar os fatos. A denúncia, formalizada via Ouvidoria, relatava que o conselheiro abordou um grupo de cinco meninas e dois meninos dentro do elevador de um dos prédios do clube. Em seguida, teria feito comentários inapropriados às garotas, insinuando que “bem que poderiam fazer uma brincadeirinha”.
Embora o Ministério Público tenha arquivado o inquérito policial no início deste ano, sob o argumento de que não houve contato físico e, portanto, não se configurou crime contra a dignidade sexual, o processo interno no clube prosseguiu. A comissão de sindicância colheu depoimentos e entendeu que Bellini violou o Estatuto Social do Palmeiras.
A decisão se baseou no artigo 33, inciso V, que considera infração grave “usar expressão ou praticar atos que atentem contra o decoro ou causem ofensa moral”. Também foram considerados os artigos 32, incisos IV e VIII, que tratam do dever de preservar o convívio social e manter conduta adequada.
Como resultado, Celso Bellini foi suspenso por um ano e está proibido de frequentar a sede social do clube durante esse período. A punição reforça o posicionamento institucional do Palmeiras no combate a atitudes que comprometam o ambiente de respeito dentro da Sociedade Esportiva Palmeiras.