Oposição do São Paulo pede afastamento cautelar de Julio Casares após denúncias sobre camarotes do MorumBis

Aline Feitosa
A turbulência política no São Paulo Futebol Clube ganhou um novo desdobramento nesta segunda-feira (15). Conselheiros de oposição formalizaram um pedido de afastamento cautelar do presidente Julio Casares, motivados por denúncias relacionadas à suposta comercialização irregular de camarotes do estádio do MorumBis durante a realização de shows.

A iniciativa partiu do movimento Salve o Tricolor Paulista, que afirma ter alcançado o número mínimo de assinaturas exigido pelo estatuto do clube para que o tema seja levado ao Conselho Deliberativo. Ao todo, são necessárias adesões de 20% dos conselheiros, atualmente, 52 nomes, para que o pedido seja analisado oficialmente.

A ofensiva da oposição se apoia em uma reportagem publicada pelo portal ge, que revelou áudios e documentos apontando a existência de um possível esquema de desvio de receitas ligadas à exploração de camarotes em eventos no estádio. O material menciona Douglas Schwartzmann, então diretor adjunto das categorias de base, e Mara Casares, diretora feminina, cultural e de eventos.

Nas gravações divulgadas, Douglas reconhece que pessoas envolvidas no esquema teriam obtido ganhos financeiros. Após a repercussão do caso, ele solicitou licença do cargo. Mara Casares, ex-esposa do presidente Julio Casares, também se afastou temporariamente de suas funções administrativas.

Os áudios ainda fazem referência ao superintendente do clube, Márcio Carlomagno, que passou a integrar o pedido de afastamento cautelar protocolado pelos conselheiros. Para o grupo de oposição, a saída temporária dos dirigentes citados é fundamental para garantir a lisura das investigações internas e evitar qualquer tipo de interferência.

Outro ponto levantado pelos conselheiros diz respeito à localização do camarote mencionado nas denúncias. De acordo com documentos do próprio clube, o espaço é identificado como “sala presidência” e fica situado em frente ao gabinete da Presidência, o que, segundo a oposição, levanta questionamentos sobre o nível de conhecimento da alta cúpula tricolor a respeito do caso.

Com o protocolo formalizado, o pedido agora será encaminhado ao presidente do Conselho Deliberativo, Olten Ayres. Caso seja considerado admissível pelas comissões responsáveis, a solicitação de afastamento cautelar poderá ser levada à votação entre os conselheiros do São Paulo.

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