Lando Norris reconheceu que chega à decisão tripla deste domingo, em Abu Dhabi, carregando o peso de ser o piloto com mais a perder. Líder do campeonato com 12 pontos de vantagem sobre Max Verstappen, da Red Bull, e mais 16 à frente do companheiro de McLaren, Oscar Piastri, o britânico sabe que o pódio em Yas Marina garante o título, mas qualquer resultado abaixo disso reabre totalmente a disputa.
Norris poderia ter confirmado o campeonato no Catar, mas dependeria de uma combinação de resultados que não veio. Agora, ele encara a corrida final tentando equilibrar confiança e cautela.
“É claro que sou o que mais tem a perder, porque estou na frente”, afirmou. “Vou fazer o meu melhor para continuar assim até o fim do ano. Se não acontecer, tento de novo no próximo. Vai doer por um tempo, mas é a vida. A gente segue em frente.”
O inglês chegou a dizer que não estava “muito incomodado”, descrevendo a disputa como “apenas um campeonato”. Mas logo admitiu que a conquista teria um peso imenso.
“É para isso que trabalho há 16 anos. Significaria o mundo para mim. Seria a prova de que tudo valeu a pena, que a minha vida até agora foi um sucesso e que realizei o sonho que tenho desde criança”, declarou.
Se conquistar o título, Norris se tornará o 11º campeão mundial britânico da história. Verstappen, por sua vez, busca seu quinto troféu, algo que parecia improvável meses atrás, antes de uma surpreendente recuperação na reta final. Piastri tenta escrever seu nome como o primeiro australiano campeão em 45 anos, desde Alan Jones em 1980.
Para Verstappen, não há pressão: ele afirma que “não tem nada a perder”. Já Piastri garante ser o “menos pressionado” entre os três.
O duelo em Abu Dhabi promete ser histórico, e, para Norris, pode representar o dia que definirá toda a sua trajetória no esporte.