Médico André Jorge critica presidente do Corinthians após pedir demissão e expõe crise interna no clube

Segundo André, a crise teve início em setembro, quando Stabile contratou o médico Ricardo Galotti, ex-São Paulo, para assumir o comando do departamento sem comunicar parte da diretoria.

“Há dois meses, o presidente Osmar entrou e contratou o médico do São Paulo para assumir o meu lugar. Pedi demissão naquele dia porque foi tudo escondido, até mesmo do Fabinho”, relatou.

O médico afirmou ainda que o presidente justificou a contratação como uma exigência do grupo político ligado ao conselheiro Fran Papaiordanou. “Na época, o presidente não aceitou a minha saída, refez o departamento e me manteve na chefia. Mas, desde então, começaram a acontecer situações para me minar. O Ricardo chegou no meio da temporada sem conhecer nossos processos, mas era o homem do presidente”, disparou André.

O ex-chefe médico também revelou que seu contrato não foi renovado e que, ao questionar a decisão, recebeu como resposta que o clube enfrentava dificuldades financeiras. “Dei um ultimato e decidi sair”, afirmou.

Antes de oficializar a saída, André Jorge comunicou a decisão a Fabinho Soldado, que tentou convencê-lo a permanecer. “Dentro do Corinthians há uma pessoa muito séria, que é o Fabinho. O Osmar não sabe absolutamente nada de futebol. Quem mantém o clube é ele”, declarou.

Contratado em janeiro de 2024, durante a gestão de Augusto Melo, André foi promovido à chefia do departamento médico em maio, após o desligamento da Dra. Ana Carolina Cortê.

Nesta temporada, o Corinthians enfrentou uma série de lesões no elenco, o que agravou o desgaste entre o departamento médico e o setor de futebol. Atualmente, apenas o atacante Vitinho segue em tratamento, se recuperando de uma lesão no menisco medial do joelho direito.

Com a saída de André Jorge, o departamento médico alvinegro passa a ser formado pelos doutores Ricardo Galotti, Eures Facci e João Marcelo.