Mark Cuban critica participação de astros da NBA nas Olimpíadas e sugere limite de idade para seleção dos EUA

“Odeio as Olimpíadas. Sempre reclamei quando jogadores da NBA vão disputar os Jogos. A NBC lucra bilhões, o Comitê Olímpico Internacional também. Até a FIBA ganha muito. Enquanto isso, os atletas jogam de graça e correm sérios riscos de lesão”,afirmou Cuban.

A crítica vem na esteira de uma temporada desgastante para vários nomes da seleção norte-americana que atuaram em Paris 2024. Embora os Estados Unidos tenham conquistado o ouro olímpico sem desfalques durante o torneio, alguns jogadores sofreram lesões graves ao longo do calendário da NBA. Jayson Tatum rompeu o tendão de Aquiles nos playoffs, Tyrese Haliburton teve a mesma lesão nas finais, e Joel Embiid enfrentou problemas crônicos no joelho, atuando em apenas 19 partidas na temporada 2024/25.

Cuban propôs uma mudança drástica no modelo atual, sugerindo que os Estados Unidos adotem um sistema semelhante ao do futebol olímpico, que limita a idade dos participantes.

“No futebol, as seleções levam atletas de até 21 ou 22 anos para os Jogos, e concentram suas forças na Copa do Mundo, que é um evento maior. Deveríamos fazer o mesmo: deixar apenas jogadores sub-21 representarem os EUA nas Olimpíadas e criar nossa própria Copa do Mundo de basquete”, defendeu.

Apesar do entusiasmo pela ideia, o dirigente reconhece que a proposta esbarra em obstáculos contratuais. O atual vínculo entre NBA e FIBA permanece vigente, e não há sinais de mudanças a curto prazo.

“Existe esse contrato com a FIBA, e os times da NBA recentemente assinaram uma extensão. Não há uma posição clara da liga sobre o tema. Seria possível criar um evento quase tão grande quanto a Copa do Mundo da FIFA. Os jogadores ganhariam muito mais, mas Adam Silver (comissário da NBA) não abraçou o projeto. Esse foi um dos motivos que me levaram a vender parte da minha participação no Mavericks”, revelou.

A NBA permite que seus atletas representem suas seleções nas Olimpíadas desde o “Dream Team” de 1992. Até o momento, não há informações sobre se a liga irá considerar mudanças nas regras de elegibilidade ou se a proposta de Cuban encontrará respaldo nas entidades responsáveis.