O Lyon, comandado pelo empresário norte-americano John Textor, voltou ao centro das atenções por conta de sérias irregularidades financeiras. Nesta semana, a Uefa anunciou sanções ao clube francês após detectar inadimplência em pagamentos a outras equipes e a órgãos fiscais e sociais durante a temporada, segundo relatório do Corpo de Controle Financeiro dos Clubes (CFCB).
Como punição, o Lyon terá de pagar uma multa de 200 mil euros, cerca de R$ 1,27 milhão na cotação atual. O valor corresponde a débitos acumulados ao longo do ciclo 2024/25. Além do time francês, outros 12 clubes europeus também foram penalizados por motivos semelhantes.
Por reincidência, Astana, Batumi e Tbilisi estão suspensos de participar de torneios continentais na temporada 2025/26. O Lyon também poderá ser excluído caso não regularize suas pendências dentro do prazo estipulado ou aumente o volume das dívidas.
O cenário do Lyon se agrava no território nacional. A Direção Nacional de Controle e Gestão (DNCG), órgão regulador da Liga de Futebol Profissional da França (LFP), avalia a possibilidade de rebaixar o clube à Ligue 2. A entidade apura um rombo financeiro superior a R$ 725 milhões nas contas da equipe.
Inicialmente, o Lyon havia sido alvo de um transfer ban, que proíbe novas contratações, mas agora, o risco de descenso tornou-se real. A diretoria apostava na conquista da Europa League para aliviar as finanças, mas a eliminação nas quartas de final, diante do Manchester United, eliminou qualquer chance de bônus milionário.
A única boa notícia recente veio da renovação do patrocínio com a Emirates. A companhia aérea estendeu o vínculo por mais cinco anos, com aporte total estimado em R$ 600 milhões. Apesar do reforço financeiro, a situação ainda exige ajustes urgentes e estratégicos para evitar consequências esportivas e institucionais mais graves.