Luis Enrique viveu uma temporada inesquecível à frente do Paris Saint-Germain e, como coroação, foi eleito Melhor Treinador do Ano pela revista France Football, em cerimônia da Bola de Ouro realizada nesta segunda-feira (22), em Paris. O espanhol superou concorrentes de peso, como Hansi Flick, Enzo Maresca e Arne Slot, e voltou a receber o prêmio quase uma década depois de tê-lo conquistado em 2014/15, quando comandava o Barcelona.
No PSG, Luis Enrique conduziu uma campanha histórica, marcada pela primeira Champions League do clube francês, além dos títulos da Ligue 1 e da Copa da França, formando a tríplice coroa inédita. A conquista europeia quebrou um tabu e colocou o Paris entre as potências do continente. O impacto foi ainda maior para o futebol francês: o PSG tornou-se apenas o segundo clube do país a erguer a taça da Champions, consolidando um feito memorável.
O domínio não se refletiu apenas nos títulos. Na Ligue 1, a equipe perdeu apenas duas partidas na reta final, quando já priorizava a campanha continental. A estratégia funcionou e garantiu o tão sonhado troféu europeu, que técnicos renomados como Carlo Ancelotti, Thomas Tuchel, Maurício Pochettino e Unai Emery não haviam conseguido entregar ao clube.
Na disputa, Arne Slot, campeão da Premier League em sua primeira temporada com o Liverpool; Hansi Flick, que teve um ano sólido; e Enzo Maresca, vencedor da Conference League e do Super Mundial de Clubes pelo Chelsea, apresentaram campanhas expressivas. No entanto, nenhum rival alcançou o impacto de Luis Enrique à frente do PSG.
Criado em 2010, o prêmio de Melhor Treinador do Ano homenageia os técnicos mais influentes da temporada. Agora bicampeão da honraria, Luis Enrique se aproxima dos recordistas Pep Guardiola e Jürgen Klopp, e pode igualá-los em títulos individuais caso mantenha o alto nível nos próximos anos.