Charles Leclerc saiu em defesa da Ferrari após a equipe optar por interromper ainda no início da temporada o desenvolvimento do carro de 2025. A escolha, revelada anteriormente pelo chefe Fred Vasseur, que confirmou o fim das atualizações em abril, foi considerada natural pelo piloto monegasco diante do cenário competitivo da Fórmula 1.
Segundo Leclerc, desde as primeiras etapas do campeonato ficou evidente que a Ferrari não teria condições técnicas de brigar pelo título. Em declarações durante o dia de mídia do GP de Abu Dhabi, no começo do mês, o piloto explicou que a desvantagem em relação às rivais já era clara logo na abertura da temporada.
Para o monegasco, insistir no desenvolvimento do modelo de 2025 não faria sentido diante da superioridade apresentada por concorrentes diretos. Ele citou especialmente a McLaren, que se mostrou muito forte ao longo do ano, e a evolução constante da Red Bull. Na avaliação de Leclerc, não havia justificativa para investir todos os recursos apenas para tentar assegurar posições intermediárias no campeonato.
Embora reconheça que o cenário ideal seria lutar pelo título até o fim, Leclerc afirmou não ter arrependimentos. Segundo ele, dadas as circunstâncias enfrentadas pela equipe no início do ano, a decisão acabou sendo praticamente obrigatória.
Aos 28 anos, o piloto teve uma temporada consistente, mas sem vitórias. Foram sete pódios ao longo de 2025, resultado que o levou ao quinto lugar no Mundial de Pilotos, com 242 pontos. O título ficou com Lando Norris, que somou 423, seguido de perto por Max Verstappen, com 421. Oscar Piastri terminou em terceiro, com 410, enquanto George Russell foi o quarto, com 319.
No campeonato de construtores, a Ferrari também ficou aquém das expectativas e encerrou o ano na quarta colocação, com 398 pontos. A equipe italiana terminou atrás da campeã McLaren, que somou 833, além de Mercedes, com 469, e Red Bull, com 451.