Lawson e Tsunoda brilham no Azerbaijão, mas futuro na Red Bull segue indefinido

A etapa também entrou para a história da Red Bull: pela primeira vez desde o GP da Rússia de 2020, todas as equipes ligadas à marca Red Bull Racing e Racing Bulls, pontuaram com seus quatro pilotos. Max Verstappen venceu novamente, consolidando sua hegemonia, enquanto Lawson cruzou em quinto, após largar em terceiro, igualando o melhor grid de um neozelandês desde Chris Amon, em 1976. Tsunoda, agora companheiro de Verstappen na equipe principal, terminou em sexto, seu melhor resultado desde a temporada de estreia, em 2021.

A Racing Bulls também celebrou o desempenho de Isack Hadjar, que fechou o top 10 e segue na briga pelo título de “rookie do ano”. Mesmo assim, o cenário para 2026 ainda é incerto. Apenas Verstappen tem contrato garantido, e a Red Bull não pretende apressar decisões após experiências mal-sucedidas no passado.

“Todos os nossos pilotos estão sob contrato. Temos todas as cartas na mão”, afirmou Laurent Mekies, novo chefe da Red Bull Racing. Segundo ele, a definição não vai esperar até Abu Dhabi, mas a equipe ainda quer observar mais algumas corridas.

A situação de Tsunoda é especialmente delicada. Sem a Honda, sua principal patrocinadora – na Red Bull a partir de 2026, o japonês perde força na disputa. Hadjar, de 20 anos, já subiu ao pódio no GP dos Países Baixos e surge como favorito para assumir o posto ao lado de Verstappen.

Na Racing Bulls, o jovem Arvid Lindblad, de 18 anos, também é cotado para promoção, embora sua permanência na Fórmula 2 por mais uma temporada seja cogitada. Caso Hadjar suba e Lindblad seja alçado ao time satélite, a disputa pela última vaga ficaria entre Tsunoda e Lawson.

Mesmo sob pressão, o japonês tenta manter a confiança. “Tenho a sensação de que desbloqueei algo que posso levar para as próximas corridas”, disse Tsunoda após o GP. Mekies, por sua vez, considerou sua performance em Baku um “exemplo limpo” do potencial do piloto.