Joan Laporta confirmou que sua trajetória à frente do Barcelona tem data para terminar. Em entrevista ao jornal La Vanguardia, o presidente blaugrana revelou que não tentará um novo mandato nas eleições de 2026, apesar de o estatuto do clube permitir sua reeleição.
O atual mandato vai até junho de 2026, e Laporta afirma que deixará o cargo por convicção democrática. Aos 63 anos, o dirigente ressaltou que não considera apropriado prolongar seu comando por mais tempo e citou líderes como Vladimir Putin e Nicolás Maduro como exemplos que não deseja seguir.
“Poderia me recandidatar, mas não farei. Não quero ser como Putin ou Maduro. Seria inapropriado”, declarou. “Valorizo a democracia, e os estatutos são a norma suprema que regula o nosso clube. Além disso, já tenho uma certa idade.”
Antes de se despedir, Laporta e sua diretoria terão a responsabilidade de organizar o processo eleitoral que definirá o novo presidente culé.
“O plano é definir a data das eleições no fim de janeiro. Estamos focados no trabalho diário do clube, com Copa do Rei, LaLiga… e queremos garantir que o processo eleitoral não interfira no desempenho da equipe”, afirmou.
Esta é a segunda passagem de Laporta pela presidência do Barcelona. Reeleito em 2021 com 54,28% dos votos, ele já havia comandado o clube entre 2003 e 2010, período considerado um dos mais bem-sucedidos da história blaugrana.
A lista de conquistas sob sua gestão é extensa: seis LaLigas, três Copas do Rei, quatro Supertaças da Espanha, duas Champions League, uma Supertaça da Europa e um Mundial de Clubes da Fifa. Uma era marcada por títulos, protagonismo global e a consolidação de uma filosofia de jogo que virou símbolo do clube.
Agora, Laporta prepara sua despedida, e o Barcelona, uma nova eleição.